A declaração do presidente dos EUA logo após a visita do premiê israelense pegou todo o mundo de surpresa. Na noite da terça-feira, ao lado de Benjamin Netanyahu, o republicano afirmou que os EUA tomariam a Faixa de Gaza e que todos os palestinos deveriam ser levados para outros países permanentemente. E foi além: ventilou a ideia de uma "Riviera" no território. A reação foi imediata e partiu de países do Oriente Médio, da Europa, e de integrantes das Nações Unidas. Diante da repercussão negativa, a Casa Branca tentou colocar panos quentes e negou a intenção de deslocar permanentemente os moradores de Gaza. E disse que os EUA “não vão pagar” pela reconstrução do território, devastado por uma guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Para falar sobre esse vaivém de declarações, Natuza Nery entrevista Monique Sochaczewski, professora de relações internacionais do IDP, o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. Depois, para entender por que a região historicamente é suscetível a tentativas de domínio e assolada por décadas de conflitos, a conversa é com Arlene Clemesha, professora de história árabe e diretora do Centro de Estudos Palestinos da USP.