Proposto por uma vereadora do União Brasil de São Paulo, o projeto que proíbe o uso de dinheiro público para bancar shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas chegou também a Brasília. O texto, primeiro apresentado na Câmara dos Vereadores de São Paulo, foi protocolado pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) na Câmara dos Deputados e agora espera um parecer da presidência da Casa. Na capital paulista, a vereadora Amanda Vettorazzo não falou em nenhum nome ou gênero musical. Mas, nas redes sociais, ela mesmo apelidou o projeto de “lei anti-Oruam", uma referência ao rapper de 23 anos que acumula milhões de seguidores nas redes sociais. Para entender quem é Oruam e como a discussão sobre o projeto se espalhou por capitais e chegou até Brasília, Julia Duailibi conversa com Braulio Lorentz, editor do g1 Pop&Arte, e com Danilo Cymrot, doutor em direito pela USP e pesquisador cultural. Autor do livro “O funk na batida: baile, rua e parlamento”, Danilo explica o que é e qual a diferença entre apologia e incitação ao crime. Ele avalia também o quanto os projetos em discussão avançam em relação ao que já está previsto em lei. Braulio conta quem é Oruam, cantor de rap cuja carreira começou em 2021 e que, no ano passado, cantou para uma plateia vestido com uma camiseta estampando o pedido de liberdade para o pai, o traficante Marcinho VP.
O projeto de lei contra apologia ao crime em shows | O Assunto podcast - Listen or read transcript on Metacast