O tsunami prateado no Brasil  - podcast episode cover

O tsunami prateado no Brasil

Sep 06, 202425 minEp. 1295
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O fenômeno é inédito para a espécie humana: estamos caminhando para ter uma população com mais idosos do que crianças e adolescentes. É um movimento que ocorre em todo o mundo, com maior ou menor velocidade – e no Brasil está acelerando. Os dados do Censo mais recente indicam que, a partir de 2042, a população brasileira deve começar a diminuir; e em 2070, mais de um terço dos brasileiros será formado por pessoas com 60 anos ou mais. O envelhecimento do país preocupa, afinal até lá teremos superado nosso bônus demográfico – período que é o auge da capacidade produtiva da população de um país – e não teremos nos transformado em uma nação rica. Mas, também, abre portas para grandes oportunidades na economia e na organização da sociedade. É o que defende José Eustáquio Diniz Alves, sociólogo doutor em demografia e pesquisador aposentado do IBGE. Neste episódio, ele conversa com Natuza Nery sobre o que pode ser feito para que o Brasil aproveite todo o potencial do “tsunami prateado” que surge em seu horizonte. O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify: https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk

Transcript

Conta global o nome de invista nas solidades do mercado americano, sem taxas e com a facilidade da Nóma de Baixo Eppi e abra sua conta. Quanto os filhos a senhora teve? De docho. 22? Não é muito não. Não. Foi a conta que me equide. Era um outro tempos. A Ana Carolina Neta da dona Lucí está a gravidade de um menino e já avisou vai ser filhônico. Uma mudança significativa em menos de um século. Na década de 1960, as famílias brasileiras tinham em média seis filhos.

Hoje, essa média está abaixo de dois filhos. Números acompanhados por um ou outro, igualmente relevante. O Brasil registrou 60% de redução da mortalidade infantil desde os anos 2000. A meta é que em 2030, num grupo de 100 mil bebês, seja registradas no máximo 30 mortes. Queda na mortalidade infantil, desafio, financeiro da maternidade e incercão crescente das mulheres no mercado de trabalho. Esses são alguns dos fatores que ajudam a explicar o fato de que nascem cada vez menos brasileiros.

Para a Lela Isse, cada vez vivemos por mais tempo. Em 2022, a expectativa de vida passou dos 75 anos. E o resultado disso tudo é uma pirâmide atária que está sendo remodelada. O Brasil está envelhecendo num ritmo mais rápido. Nos últimos 12 anos, o número de idosos aumentou quase 60%. Em 2010, cada 31 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora são 55 idosos para cada 100 jovens. Isso aconteceu porque a quantidade de jovens sem colher nas últimas décadas.

Passou de 38,2% em 1980 para 19,8%. Ao mesmo tempo, os idosos passaram de 4% da população para 10,9%. E as projeções de BGE apontam que o processo continua. Para você ter uma ideia, em 2070, mais de um terço da população brasileira será de pessoas com 60 anos ou mais. Mas essa mudança no perfil demográfico do Brasil foi acompanhada do que se chama de bonos demográficos.

É um período em que a população produtiva do país, com idade entre 16 e 65 anos, crescem em relação a população de crianças adolescentes e idosos. Mas já a partir de 2030, essa população produtiva vai começar de minuir. Assim como vai diminuir, toda a população brasileira é a partir de 2042. Da redação do G1, eu sou Natus Anére e o assunto hoje é o tsunami prateado do Brasil.

Quais os desafios dessa configuração mais recente e como o Brasil pode aproveitar o potencial desse novo desenho populacional? Meu convidado neste episódio é José Ostáquio de Niz Alves, sociólogo, doutora em demografia e pesquisadora aposentada do IBGE. 6 de setembro. José Ostáquio, a gente está passando aqui no Brasil por uma importante transição demográfica. Então eu quero começar de perguntando que configuração da nossa sociedade está se desenhando nesse momento.

A gente está caminhando para que lugar? Natusa, primeiro lugar que a gente dá as páginas aí pelos 5 anos do podcast. O podcast que está na primeira infância, mas já está preocupado com o futuro. Já está preocupado com o investimento populacional. Então isso é muito bom. E exatamente isso que eu queria falar que o Brasil, veja só nos 500 anos da história do Brasil, o Brasil foi um país.

Na maior parte desse período dos 500 anos, um país rural, agrário, pobre e com uma estrutura social muito pouco diversificada. No final do século passado, isso começou a mudar. O Brasil passou a ser um país urbano e começou a maior diversificação da sua família, da sociedade, da mobilidade social. E principalmente teve uma grande mudança demográfica. A primeira mudança demográfica nos 500 anos da história do Brasil.

O primeiro lugar houve uma queda da mortalidade e um aumento da expectativa de vida ao nacer da população brasileira. Então isso significa que hoje as pessoas vivem muito mais tempo do que viviam em qualquer momento dos últimos 500 anos. A idade média subiu para 35,5 anos em 2023. A expectativa de vida do brasileiro também cresceu. De 71,1 anos em 2076,4 anos em 2023, e pode chegar aos 83,9 anos em 2070.

As projeções do IBGE apontam que a população brasileira vai atingir 220 milhões e 425 mil habitantes em 2041. Em 2042, deve começar a diminuir e não deve passar de 200 milhões em 2070. Isso é muito positivo não só para as pessoas, mas também para a economia. E é o mesmo tempo com a certa defasagem, começou uma tensição da fecundidade. Ou seja, as mulheres começaram a ter menos filhos e a base da estrutura da área começou a se reduzir.

Em as últimas décadas, o número de nascimentos só vem caindo no Brasil. Em 2000, foram mais de 3 milhões. Em 2022, 2,6 milhões. E agora, a expectativa é de que até 2070 encolha ainda mais com 1,5 milhões de nascimentos. Entre 2003, a taxa de fecundidade do país caiu de 2,32 para 1,57 mil por mulher. A pesquisa também mostrou que as mulheres estão tendo filhos mais tarde. Em média, no ano 2000, as mulheres tinham filhos com 25 anos, com 27 em 2020. E a expectativa é de que em 2070 tenham com 31.

Então, quando tem a transição demográfica, você também tem uma transição da estrutura da área. Então, a principal caratterística do século 21 vai ser um envelhecimento populacional. Ou seja, a mudança da estrutura da área do Brasil. Você tem ideia natuza no mundo inteiro, desde o sujimento do homem, Sapis. Sempre houve mais crianças na população do queidosis, e agora, o século 21 é o primeiro século que vai ter mais edosos do que crianças.

Isso é uma coisa completamente inédita, não só no Brasil, mas na grande maioria dos países do mundo. Agora, eu imagino que nesse processo de revolução demográfica, muitas oportunidades, muitas chances foram perdidas. Ou muitas vantagens foram perdidas. Quando a gente olha para o passado, José Ostac, quais chances ficaram para trás? O que o passado nos diz? E que nos apresenta a conta agora quando a gente olha para o futuro?

A transição demográfica é uma condição síneco anônica para o desenvolvimento econômico. Nenhum país rico, quando eu falo rico, é que conseguiu acabar com a pobreza, conseguiu acabar com a fome, conseguiu dar um bom padrão de vida para a população. Não tem nenhum país do mundo rico, de alto nível, de índice de desenvolvimento humano, que não tenha passado pela transição demográfica.

A transição demográfica e essa mudança da estrutura etária, ela é uma precundição para o desenvolvimento social do país e das pessoas. A gente fala na demografia que tem o primeiro bônus demográfico, que é o bônus da estrutura etária, porque quando começa a diminuir a base da pirâmide, o que cresce imediatamente é o meio da pirâmide, que são as pessoas em idade de trabalhar.

E quando aumenta essa quantidade de pessoas em idade de trabalhar, isso há uma oportunidade muito grande para você vencer a pobreza, a desigualdade etc. Então, veja só o que o Brasil deveria ter feito de maneira completa é aproveitar essa janela de oportunidades que ela é temporária, e garantir a primeira coisa, emprego para todo mundo, porque não adianta você ter muita gente em idade de trabalhar e não tem emprego para essas pessoas.

Por exemplo, o Brasil tem mais de 10 milhões de jovens de 15 a 24 anos, que nem estudo nem trabalha. Isso é um absurdo, nenhum país de desenvolvimento, de desperdiçando, é um potencial de 10 milhões de jovens como o Brasil está fazendo. Você já ouviu falar do termo nem, nem? Ele se refere ao grupo de pessoas que não estudam, nem trabalham, mesmo que não estejam a procura de emprego. Deixe grupo, cerca de 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são negros.

Essas constatações reforam ainda mais os impactos das desigualdades sociais no país. A nossa força de trabalho, 50% da força de trabalho, ela está na informalidade. E os nossos idosos têm muita dificuldade de conseguir emprego, você tem muita eitarismo, muito discriminação quantas idosos.

Então, o que o Brasil perdeu nesse momento histórico foi não ter criado uma política de plenimprego e trabalho decente, isso é um bandeio da OIT, colocar todo mundo no mercado de trabalho e de uma maneira decente, garantia produtividade dessa força de trabalho. E para isso, o Tegged tem investido muito na educação. É claro que a educação do Brasil melhorou, mas ampliou a educação, praticamente todas as crianças têm acesso à educação.

Mas, por exemplo, o segundo grau ao Universidade está muito a quem daquilo que a gente poderia fazer e principalmente a qualidade da educação. Então, o Brasil aproveitou, parcialmente, essa janela de oportunidade demográfica. O Brasil é um país pobre, virou um país de renda média. Se a TBS é aproveitado plenamente à oportunidade, o Brasil já estaria no clube dos países de renda alta.

Olhando para esse estado de coisas e ainda olhando adiante, que tipo de política pública tem que haver de maneira urgente para evitar uma sociedade de idosos disamparados mais adiante. Nós, no Brasil, já estamos nos momentos finais do primeiro bom dos demográficos. Isso vai passar e não volta mais porque a estrutura etária muda e o que vai crescer no futuro é o topo da pirâmide de etária. E só para reforçar a natureza.

Nenhum país do mundo conseguiu acabar com a pobreza, com a fome, com as desigualdades e dar uma padê onde vida adequado, se não aproveitou bem esse primeiro bom dos demográficos. Agora, se não aproveitou bem como o Brasil não aproveitou, o Brasil aproveitou parcialmente esse bom dos demográficos, a gente ainda tem um segundo bom dos demográficos que é o da produtividade.

Então, mesmo que a gente tem uma população idade ativa menor, mas se essa população tiver uma condição de saúde muito boa, uma condição educacional muito boa, e se a gente tiver plenimpreio de trabalho decente no país, a gente pode aproveitar esse segundo bom dos demográficos. E a gente conseguir também dar um salto pro clube dos países de alto nível de índice de desenvolvimento humano, por segundo bom dos demográficos.

Nós perdemos uma chance na história, mas ainda não é o fim do jogo, ainda podemos recuperar. A gente não vai ser um país rico, como Alemanha, por exemplo. Mas chegar no nível de Portugal, chegar no nível da Espanha, a gente ainda tem condições de chegar lá. Então, precisa criar meios de ter trabalho para essa força ativa que a gente tem agora, não é isso?

E eu tenho trabalho para todo mundo, ter educação para todo mundo, ter educação de qualidade para todo mundo e ter saúde, porque se não tiver saúde, você não vai aludar nem. Você está acontecendo com o sistema de seguridade social que está aumentando muito a licença para o saúde. Então, a gente tem de cuidar dessas três coisas, trabalho de saúde e educação. Espero um pouquinho que eu já volto para continuar minha conversa com José Ostach.

Para celebrar os cinco anos do podcast o assunto, o Spotify criou uma lista de episódios essenciais para você ouvir de novo, ou enviar para quem você quer sugerir o podcast. São 10 episódios escolhidos pela nossa equipe para você. Vamos deixar o link para a playlist na descrição do episódio, e você também encontra buscando no aplicativo por dizis o assunto. Segue a playlist e também o podcast no Spotify.

Eu queria voltar a um conceito seu chamado de tsunami prateado, porque é a primeira vez na nossa história da nossa espécie que vai ter mais idosos do que crianças e adolescentes, e isso você já explicou. Só que o que eu tenho particular interesse é da sua visão otimista sobre o potencial disso em relação à economia brasileira. Pode explicar para a gente.

Ótimo, essa pergunta, Natus, porque eu tenho uma amiga que trabalha muito com a velhemia populacional que ela me criticou, eu tenho usado essa palavra o tsunami. Como se o tsunami fosse uma coisa negativa. Mas eu estou vendo assim, o tsunami pelo lado positivo. Eu estou chamando de tsunami prateado, prateado ou então mirisale, que é a população da terceira de terceiridade. Beça bem, Natus, você tinha no Brasil, tinha meios do século passado, 4% de idosos de 60 anos e mais.

Atualmente está chegando a 20, vamos chegar a 40% no final desse século. Então é 10 vezes a proporção de idosos no Brasil vai crescer 10 vezes. Então isso aí que eu estou chamando de tesunam prateado. O senso revela que o Brasil tem mais de 22 milhões de pessoas acima dos 65 anos. Quase 11% do total de habitantes. Enrê, códer. O ritmo do envelhecimento no Brasil é bem mais rápido que de outros países.

Enquanto a população brasileira cresceu 6,43%, o número de pessoas idosas cresceu mais de 57% em relação a 2010. A França falou necessário 145 anos para dobrar a proporção de sexo agemares de 10% para 20%. O Brasil vai fazer entre 2011 e 2030 em 19 anos. O que a França falou necessário 145 anos. Agora a perspectiva que eu coloco é o seguinte. Eu vejo que esse tesunam prateado, ele traz desafios e traz oportunidades. Tem, eu conheço muita gente que olha muito pelos desafios.

A história é a previdência. Nós não vão ter empregas para as pessoas para trabalhar para sustentar as pessoas. Não vão ter jovens para sustentar os idosos. Então, só ver problema nesse envelhecimento populacional. Mas, realmente, pode acontecer. Não estou negando que é um desafio muito grande que a gente vai ter que cuidar polícias adequadas para isso. Essa população envelhece tem um empobrecimento porque as pessoas de modo geral são raríssimas.

As pessoas ali 1% se for 1% que consegue fazer um pé de meia, uma previdência pública, uma previdência privada para ter alguma coisa no futuro. Ao mesmo tempo, esse envelhecimento causa um problema nas contas da previdência. Porque a previdência vai pagar mais aposentadorias, mais benefícios a esses aposentados. E sim, ela vai recada menos a previdência. Serão menos jovens pagando a previdência pagando a INSS e fazendo essa roda girar do atendimento e também da previdência social.

Mas, eu também vejo, não sou eu, quer dizer, muita gente vê o que a gente chama de economia prateada, que é uma série de oportunidades que existem de contar com peso dessa população da desceridade. A gente não pode tratar os idosos como um peso morto da economia. A gente tem tratar os idosos como pessoas criativas que têm experiência, que têm maturidade e que têm padrão de consumo, que têm que pode contribuir de várias formas. O que vocês estão celebrando aqui hoje? A minha data!

Uma vida cada vez mais longa, todos aqui tem mais de 60, mais de 70, mais de 80 e ninguém pensa em diminuir o ritmo. É ela que é o risco que eu ouça essa moche. Só de ouvir a lista de aulas e atividades que a Marcia faz na Universidade Aberta da Terceridade no Rio, já cansa. Faço mídias sociais, faço musculação, faço idoginástica, faço danças, faço ábaco, faço dinâmica corporal, faço espanhol, faço voluntariado.

Só para terminar aqui, puxando o meu lado, eu sou concentrado, tenho 70 anos, mas eu continuo trabalhando, escrevendo ativos, escrevendo o livro, dando aula, fazendo consultoria, dando entrevista. Uma série de coisas assim, eu fui privilegiado de ter tido o investimento do Estado na minha educação, serpito de escola pública. E agora eu tenho que devolver para a sociedade. Se eu estou vivendo mais, eu tenho que viver melhor com saúde, mas também com a integração com a sociedade.

Então, se a gente ver por esse lado da economia preateada, existe uma oportunidade muito grande para o Brasil no sério 2021. Agora, você escreveu um artigo comparando a maneira como dois países trataram as mudanças na população. Thailand e Mozambique. Então quero te pedir para explicar que diferenças foram essas. E por que um deles teve mais sucesso do que o outro? Tanto a Thailand, como Mozambique, era o mais pobres do que o Brasil, na metade do século passado até 1970 por aí.

Só que a Thailand começou, por ser a transição demográfica, muito rápido, e inclusive quando a Thailand é um caso exemplar, porque essa transição demográfica começou quando o país ainda era muito rural antes de urbanizar. Então essa transição aconteceu muito rápido na Thailand e gerou esse bom dos demográficos ainda lá para 10 de 80, 10 de 90, se já estava em pleno bom dos demográficos na Thailand.

E a Thailand é doce-me de descoarretro, se aproveitou bem melhor do que o Brasil, aproveitou esse ponto demográfico, investiu muita educação em emprego de saúde. E aí a renda percapta da Thailand já passou a renda percapta brasileira. É um país muito mais povo que o Brasil tem muito menos recursos do que o Brasil, e hoje já tem uma renda percapta maior, tem um índice de desenvolvimento humano maior do que o índice desenvolvimento humano do Brasil.

E Mossambique tinha uma renda percapta maior do que a Thailand, de meaz do certo passado, e como não fez a transição e começou a fazer a transição agora nos anos 2000, ele não conseguiu sair do que a gente chamou da armadilha da pobreza. Então Mossambique continuou para a espobra. O Brasil conseguiu sair de país pobre para a país renda média, mas não conseguiu fazer o que a Thailand já fez, que é sair de renda pobre para renda média e depois para a renda alta.

Agora para encerrar, quais são os novos arranjos de família e de estrutura de sociedade que o senso nos mostra? Essa mudança da transição demográfica tem aplicações imensas na sociedade, por exemplo, a situação da mulher muda completamente com a transição demográfica, porque a mulher, quando a taxa de mortalidade era muito alta, as mulheres tinham de ter muitos filhos para compensar essa mortalidade muito alta.

Então as mulheres passavam a maior parte da vida, cuidando de filho, cuidando de casa, cuidando de marido, cuidando da família. Então ela não tinha tempo de investir, nem tinha oportunidades para ter uma provisção e contribuir no mercado de trabalho.

Quando a mortalidade cai, as pessoas começam a viver mais e as famílias começam a ter menos filhos. A mulher pode ficar mais tempo na educação adquire a qualificação profissional e ela entra no mercado de trabalho adquire renda e adquire uma profissão e adquire empoderamento.

A mulher com educação, com empreio, com renda, é uma mulher empoderada. Então isso é grande transformação que o Brasil teve. O bom dos demográficos do Brasil, a gente fala que é um bom dos femininos, porque o que cresceu muito no mercado de trabalho nas últimas cinco décadas foi o empreio feminino.

E junto com isso, a família muda. Aquela configuração antiga, de família monogâmica, pai, mãe, filho, isso que era predominante, é claro que sempre teve outras formas de família na sociedade, mas o predominante era a família, para pai e mamãe com os filhos.

Isso começa a mudar, você começa a ter famílias monoparentais, principalmente famílias monoparentais femininas, você começa a ter um crescimento muito grande da sua milha de unidas pessoais, pessoas morrendo sozinha, você tem monoparentais masculinos, você tem o que chama de família dinky, que é duplo ou ingresso, nenhuma criança, casais que resolvem não ter filho.

E os dois trabalhares, dois seguem renda, e é um tipo de família que tem um padrão de consumo muito mais alto do que os outros os ouçarrães dos familiares do Brasil. Então essa diversidade da família, ela ampliou muito no Brasil e vai continuar ampliando no século 21. José, eu estou aqui muito obrigada pela sua entrevista por dividir seu conhecimento aqui com a gente, volte sempre. Eu quero agradeço, para dar bem isso aí e sempre precisar de toda a disposição.

Para você que eu vi o episódio até aqui, eu vou te fazer um convite, participar do canal do G1 No WhatsApp. Por lá você pode ativar as notificações e receber as principais notícias do dia, direto no seu celular. Este foi o assunto, pode caçar de diário disponível no G1, no YouTube ou na sua plataforma de áudio preferida. Comigo na equipe do assunto, está um monicamariote, Amanda Polato, Carol Orensette, Luís Felipe Silva, Tiago Casuroski e Gabriel de Campos.

Eu sou Natus Anére, e fico por aqui. Até o próximo assunto.

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