Oi oi pessoal e bemvindos a mais episódio do Carioca Connection. Meu nome é Alexia e eu estou aqui com o Foster. Oi, Foster.
Olá, Alexia. Oi, gente. Tudo bem?
Tudo bem e com você?
Está tudo ótimo.
Bom, hoje temos muito o que falar.
Sim, temos histórias para contar.
Então
Alexi, você quer começar aonde? Vamos começar no começo?
Vamos começar pelo começo. Está aí 1 boa expressão, bem brasileira.
Vamos começar pelo. Então pode falar mais 1 vez?
Começar pelo começo.
Começar pelo começo.
Bom, os últimos episódios, é pra quem escutou, a gente falou pouco sobre o apagão, né, que a gente teve em Portugal, na Espanha, parte da França e Bélgica. E, e vocês, pra quem escutou, sabem que eu estava junto com meu pai no hospital, no dia que ele estava levando alta do hospital. E, pra quem escutou, esses episódios também, vocês já sabem o significa alta.
É. Leva alta. O médico tem o seu pai permissão luz verde pra sair do hospital e
voltar pra casa. Exatamente.
Mas, no dia do apagão, tá apagão? Do. Do apagão, foi só dia só, 1 parte tão pequena, de 1 história muito maior.
Nossa gente, isso tudo começou em dezembro e janeiro.
Sim, eu estava pensando hoje hoje de manhã, antes de gravar, os primeiros 2, até os os primeiros 4 episódios da dessa temporada, do Carioca Secrection, falamos sobre o ano passado, ano em retrospectiva, quais são nossos planos pro 2025? Nada, tá, nada aconteceu do jeito que a gente está, que a gente está planejando.
Sim, sim. Bom, vamos lá. Tudo começou quando meu pai, aos 79 anos, estava se sentindo muito cansado, assim, cansado mesmo com, só de caminhar pouquinho e ele sempre sentiu 1 dor no corpo muito grande, que todos nós sempre relacionamos com o estresse. É porque quem conhece o meu pai, faria essa relação de 1 forma natural de ansiedade, estresse, enfim. E essa dor meio que começou a fazer parte da vida dele de uns 5 anos pra cá.
Posso falar só 1 notinha? Quando o Alex fala o pai dela, o seu pai, o Marco Antônio, porque quase todo mundo já sabe porque ele já apareceu aqui no podcast mas 10 vezes.
Sim. E aí em dezembro do ano passado, na verdade em novembro do ano passado quando eu estava nos Estados Unidos com o Foster, ele passou mal mas de nada relacionado a isso. E ele conversando com a nossa querida vizinha, que é médica, disse que ele estava com vontade de visitar cardiologista, porque ele está se sentindo muito cansado, sempre. E ele nunca tinha feito exame do coração na vida inteira dele, nunca.
Espera aí, 2 coisas, o médico falou que ela estava com vontade
Não, ele conversando com a nossa vizinha que ele estava com vontade de visitar o cardiologista.
Então seu pai estava com vontade? É? Ah entendi.
É isso.
Porque ela nunca fez essa exame de coração.
O que ele fez tinham sido exames básicos na médica de família aqui de Portugal, pelo sistema público, que você sente, senta, mede a pressão, vê que está tudo bem Sim. Vai embora.
Só isso.
É isso.
Básico. A outra coisa que eu ia falar é quando você estava contando a história de seu pai passou mal em novembro quando a gente estava nos Estados Unidos, também pode escutar episódio sobre isso porque foi durante retiro de mediação
Meu aniversário
o aniversário da Alexia então não lembro qual episódio foi mas foi o meu episódio da importada DAS do Careyoky connection. Bom
e aí todo esse processo começou, a gente foi numa médica primeiro, que dentro do contexto que ela viu do meu pai, indicou fazer exames de esforço, que são aqueles exames que você fica todo ligado né, com fios e etcétera. E aí você tem que correr numa esteira, fazer bicicleta e etcétera e eles medem o seu coração, enquanto você está fazendo esse esse exame de esforço.
Nossa eu tinha esquecido totalmente isso, parece anos, ano ano passado.
Também colocaram no meu pai aquela maquininha que eu só preciso ficar 24 horas, que quando a máquina treme, você tem que parar o que você tem que estar fazendo. Eu não consigo falar de tanto rir.
Então essa é 1 história muito boa, que vai ser muito difícil, porque cada vez que a gente pensa nessa história, Alex você fica rindo tanto, eu também. Então, Alex, começa bem simples pra tentar explicar qual é a máquina e por que é tão engraçada.
Eu não sei qual é a máquina, sendo bem sincera, mas é 1 máquina que
É, mas você explica a situação.
Que eles precisavam ter a análise dos batimentos cardíacos do meu pai por 24 horas. E a única forma de você, as 2 únicas formas de você fazer isso ou você interna a pessoa, né? Que
ele sempre ficar 24 horas no hospital.
É, o que não é o viável ou você manda ela pra casa com essa máquina. Só que o meu pai saiu dessa consulta e eu não estava com ele, dessa vez. Com a máquina, direitinho, no braço dele, ligada ao coração e segundo ele era 1 coisa pesada assim, chata de ficar carregando e você tem que usar 24 horas ou seja, tem que dormir com ela, você tem que tomar banho com ela. Só que ele entendeu que quando a máquina tremesse, ele tinha que parar literalmente parar no meio da rua, ou o que ele estivesse fazendo e esperar parar de tremer e continuar com a vida. E na verdade não, você não precisava parar completamente era só você, é meio que
Toma, acalmada.
Acalmada, 1 coisa assim. Então o meu pai saindo do hospital com essa máquina, essa máquina começou a tremer, né? Claro, assim que você coloca Sim. A cada meia hora
que ele sempre ia tremer quando a máquina faz os pra fazer as medidas.
É. Ele perdeu 3 Ubers nessa história, porque ele não conseguia chegar até o Uber. Porque a máquina tremia quando o coração dele começava a bater muito forte, ou seja, quando o batimento cardíaco dele ia lá pra cima, a máquina tremia. Então ele perdeu 3 Ubers por causa disso, porque ele não conseguia chegar
até
os motoristas.
Posso tentar ser eu posso explicar de jeito simples que faz sentido pelo menos pra mim? Então, eles queriam ver o coração, o batimento cardíaco do seu pai por 24 horas, colocaram negócio e 1 máquina no braço
Ligado ao coração, né?
É, ligado ao coração. E cada vez que batimento cardíaco, estou falando isso certo?
Está certo. Aumentava?
Aumentava muito, a máquina tremia, quer dizer, tipo, pra fazer as medidas dos
As medições.
As medições. Se, não me engano, tremia, tipo, cada 10, 20 minutos. E o médico, ou a médica, falou pro seu pai, por exemplo, se você está correndo, tipo, para abrir as medidas. Qual foi a palavra que pode me ensinou agora?
Medições.
Medições. Mas seu pai entendeu que era para parar 1 estátua, é. Exatamente, tipo 1 estátua. Então eu lembro que seu pai me contou, ela estava na fila, no supermercado, e começou a tremer. Então, o funcionário tentando tipo, o senhor pode pagar? Ele tinha que sair da fila.
Não, ele virou pro pessoal da fila e pro caixa e fez assim tipo, 1 imagem com a mão meio que minuto nem falou nada, falou pro caixa e pro pessoal da fila, estou a fazer exame agora. Assim bem quietinho e tal, esperou a máquina parar de tremer, quando parou de tremer aí ele mostrou pro pessoal da fila, mostra pro caixa aí todo mundo, ah não tem problema, não faz mal, peço desculpas e tal.
Todo mundo achando que seu pai é cara maluca. É. Enfim, isso é 1 partezinha de 1 história mais longa.
Continua. Isso tudo pra dizer que todos esses exames mostraram que meu pai teria que passar por cateterismo.
Pode explicar o que que é? Primeiramente, pode falar pra a palavra de novo?
Cateterismo. É
1 das palavras mais difíceis.
Em inglês é muito chata também. Cateterismo.
Fala mais 1 vez.
Cateterismo. Cateterismo.
Gente eu tive que aprender tanto vocabulário médico Eu
tive que aprender muito vocabulário médico relacionado ao coração, nesses últimos meses, que eu não não tinha.
Sim.
E agora sei tudo, PhD.
A parte muito boa dessa história inteira, quem escutou o podcast há muito tempo já sabe que eu sempre reclamo muito do meu português, que não estou estudando nem melhorando o meu português mas aconteceu o pai indo pro hospital, tentando que lidar com médicos e que falando, comunicando isso pra você e seu pai todos os dias, realmente ajudou meu português muito.
Sim.
Não parece agora, mas ajudou.
Com certeza. E o cateterismo eu aprendi também que é considerado exame e não 1 cirurgia. Coisa que eu não concordo. E eu já falei isso pros médicos que eu acho isso 1 loucura, é a mesma coisa da medicina quando é considerado, quando tem nome assim doença mas na verdade é considerado 1 síndrome, é meio que assim bemvindo à medicina, é é 1 loucura
Sim é muito, pode
falar. Pode falar.
Não, eu lembro o cateterismo, tá certo? Quando a gente ainda estava naquela fase do processo, na minha mente isso foi o final. Tipo, ah, vamos passar por isso e pronto, podemos voltar pra vida normal.
Sim. E o médico E
depois eu começo.
E o médico que nos atendeu e fez o cateterismo, que é a especialidade dele, ele falou olha, existem 3 tipos de variáveis que a gente pode ter durante o cateterismo. A primeira é que, vai ser feito o cateterismo, e dependendo do que a gente encontrar lá, a gente vai vai ser capaz de colocar ou balão Uhum. Ou estent.
Sim, que eu acho que todo mundo dá pra entender porque em inglês é a mesma coisa.
Sim. E só pra dar pouco mais de nessa situação toda, Meu pai é diabético tipo 2, com essa doença há mais de 20 anos. E o diabético tipo 2, é o que, em relação à doença cardíaca, é o que eles chamam de infarto silencioso. Ou seja, ao longo da vida, as artérias do coração vão se entupindo, entupindo entupindo entupindo, ao ponto que possa dar ataque do coração?
Sim.
Sem você ter noção de como é que as suas artérias estão, porque é silencioso. Então por exemplo quem nasce com 1 doença do coração, entre aspas, simples ou seja sem ser 1 variável da diabetes, normalmente tem algum tipo de infarto, tem alguma outro tipo de demonstração que existe algum problema no coração, dor no peito e etcétera. O diabético normalmente não, é infarto silencioso. E foi 1 das coisas que eu aprendi também sobre a doença cardíaca e a diabetes do meu pai.
Sim,
impacto silencioso. É. E então, são 3 variáveis do cateterismo, colocar o o balão ou o stent, dependendo
Isso é 1.
A segunda é, dependendo do que eles virem lá, você fazer o exame e está tudo bem, não precisar de nada, tira o tubo né, Do cateterismo e está tudo certo. E a terceira variável é, faz o exame, não coloca nada, tira o tubo e a indicação é ter 1 operação do coração de peito aberto.
Sim.
E que eu acho que todos todos podem prever que foi isso que aconteceu com o meu pai, que a indicação foi ter 1 1 cirurgia de coração aberto, 1 dupla coronária mamária, que, poderiam ter sido 3, né, mas enfim 1 das artérias já não precisou no final. Mas é isso.
Sim, quando a gente estava preparando pra gravar hoje, eu falei pra Alexia tipo mas você está confortável, vou me pular essas coisas pessoais e ela falou, sim claro é nosso podcast. O plano foi gravar episódio sobre a nossa preparação antes da cirurgia e nossa experiência e episódio depois. Mas eu acho que a
gente vai ter meio, é antes, meio depois.
Sim, o antes, durante e depois. Então, no próximo episódio, podemos continuar com essa história e maluco que é nossa vida.
Sim. Está bom, então até o próximo episódio.
Tchau.
Tchau.