Um vídeo revelou uma bolsa Hermes de 39 mil dólares custa 1.400 dólares para ser produzida. O segredo, o logotipo e o Made in Italy, aplicados na Europa. E voilà! Bom dia, boa tarde, boa noite. Meu nome é Luciano Pires e este é o seu cafezinho. Muito bem, mais um cafezinho. Sempre começando com o texto que eu publico nas redes sociais, faço a leitura dele. Depois eu faço um comentário. Se você gostar, eu vou pedir depois para você deixar o like, aquela coisa toda. Vamos lá?
No dia 14 de abril de 2025, o TikTok deixou de ser apenas uma vitrine de danças virais para se tornar palco de uma revolução silenciosa, ou nem tão silenciosa assim. Uma enxurrada de vídeos publicados por fabricantes chineses escancarando os bastidores da produção de marcas de luxo como Hermes... Gucci, Chanel e Lululemon viralizou e abalou os pilares da indústria global do desejo. O fenômeno foi batizado de Trade War TikTok.
transparência, ou melhor, um tapa na cara do consumidor distraído. Enquanto os Estados Unidos aumentavam tarifas de importação para até 145%, e a China retaliava com 125%, fornecedores chineses decidiram mostrar como as joias do luxo são feitas. Um vídeo revelou uma bolsa Hermes de 39 mil dólares custa 1.400 dólares para ser produzida.
O segredo, o logotipo e um Made in Italy aplicados na Europa. E voilà! Essa indignação disfarçada de conteúdo viral empurrou a plataforma de e-commerce The Age Gate chinesa ao terceiro lugar nos aplicativos mais baixados nos Estados Unidos, superando os gigantes, saindo da tricentésima quinquagésima segunda posição em apenas dois dias. Um salto alimentado por vídeos que mostram costureiras em fábricas, etiquetas sendo aplicadas e comparações diretas com os preços finais em lojas ocidentais.
Mais que compras, o TikTok virou campo de batalha. O pano de fundo é a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Mas agora, a disputa não é por aço ou chip. É por narrativa. Os chineses escancaram. Nós é que fabricamos todas as cartas do jogo. E o ocidente, que sempre vendeu o símbolo, começa a ver o símbolo desbotado.
Enquanto consumidores descobrem que uma legging de 5 dólares é quase idêntica à de 100 dólares da Lululemon, um novo ceticismo se instala. A era da marca, como fetiche, começa a ruir. substituída por uma pergunta incômoda. Estamos pagando pelo quê, afinal? Com 30 milhões de produtos à disposição, a The Age Gate virou um novo templo do consumo esclarecido ou cínico. Porque, no fim, talvez o consumidor continue buscando status. Só que agora...
mais barato. As guerras do século XXI não se travam apenas com tarifas, travam-se com informação. Gostou? Entra aqui embaixo, então. Deixe um joia, deixe um comentário, compartilhe. Curte, comente, compartilhe. Faça esse canal aqui aparecer mais. Aquela plaquinha de papel lá tem que virar uma plaquinha verdadeira de 100 mil. Tá demorando, mas vamos lá. Essa semana a gente deu uma mexida no YouTube, deu uma arrumadinha ali. Vamos ver se melhora um pouquinho a exposição. Mas vamos ao comentário.
Então, cara, começou a aparecer, e os vídeos que estão aparecendo são muito bem feitinhos, é um chinês, segurando algum material na mão, uma bolsa, alguma coisa assim, evidentemente ele está falando em chinês, mas a IA já... já faz a transcrição para um inglês muito bem falado, então a voz dele sai em inglês.
E ele vai revelando, olha, quanto custa o couro, quanto custa a linha, quanto custa o fecho, quanto custa a mão de obra. Quando ele compõe o custo todo, dá lá 1.400 dólares. E ele mostra a bolsa sendo vendida numa vitrine na Europa. Por 39 mil dólares. Você pagaria 39 mil dólares por algo que custa 1.400? Não? Você pagaria 7 mil? 8 mil por um treco que custa...
100, 150 para ser feito? Pagaria. Eu sei que pagaria porque paga, né? Mas por que a gente paga, cara? Estamos pagando o quê, afinal de contas? pagando uma narrativa, cara. A gente paga por uma história muito bem contada, coisa que marqueteiro aprendeu a vida inteira a fazer. Eu trabalho com marketing há 40 anos. Eu sei muito bem quanto vale uma história bem contada. Quanto vale eu criar na tua cabeça um conceito. Quanto vale eu... fazer com que você fique emocionalmente conectado a um logotipo.
A ponto de ficar no frio, na chuva, numa fila, esperando a loja abrir para poder ser o primeiro a comprar o novo lançamento que vem aí. O que é isso?
Isso é histórico, isso é a coisa das marcas, esse fetiche pelas marcas sempre existiu e faz parte do ser humano. Eu não quero... Quando eu mostro pra você aqui que eu tenho o meu iPhone da hora, o iPhone 16 da minha mão... muito menos pela máquina em si, o computador em si, Muito mais para você olhar e falar, pô, cara, esse cara tem grana para bancar um iPhone desse.
Esse cara é bacana, né? Pô, essa dona tem dinheiro pra bancar uma bolsa dessa? Essa dona é bacana, né? Pô, esse cara tá dirigindo essa Porsche maravilhosa? Esse cara é bacana, né? Então, essa coisa do bacana... tem dentro de si uma concepção de valor intrínseco que a economia em si não explica. Isso é coisa psicológica. E eu me lembro de um texto que eu publiquei um tempo atrás.
onde eu contava uma experiência minha, num evento, num fornecedor meu, tinha lá a plateia cheia de gente, e lá pelas tantas eu estava fazendo uma palestra mostrando a coisa de valor, contra preço e tudo mais, e fiz uma pergunta, vamos ver quem tem o... O iPhone ou o celular, não era nem iPhone, o celular mais avançado daqui da plateia, o pessoal mostrou e quem ganhou foi o motoboy.
que tinha um celular muito mais avançado do que o celular de qualquer outra pessoa lá dentro. E a gente sabia que para ele comprar aquele lacre, ele comprou aquilo em 24 parcelas de sei lá quanto. consumiu uma parte importante do salário dele. E você olha para aquilo e fala, mas como assim, cara? Como é que o cara, teoricamente, com menos poder econômico aqui dessa sala, tem o celular mais bacana? Porque o celular é bacana.
Ele não queria só um celular. Ele queria mostrar que ele tinha bala na agulha para comprar um celular de bacana. Como é que se explica isso? Não é pelo valor da máquina. Não é pela matéria-prima, não é pela mão de obra, não é nem pelo que a máquina faz. É uma história em torno dela. Tem uma aura em torno dela. Então, quando eu vou lá e compro uma bolsa Chanel, cara, é uma Chanel. Não importa que ela não foi feita na Itália ou, sei lá, na Europa. Não importa que ela foi feita por um chinês.
Não interessa, cara. O fato dela ser uma Chanel muda todo o jogo. Então isso é um mecanismo psicológico que já foi muito estudado. E o importante dessa história toda, que é a razão de eu fazer esse vídeo aqui hoje, É você ver, de repente, a pessoa esfregar na tua cara algo que você já sabia. Cara, eu sabia que para se fabricar um celular como esse aqui...
É barato. O pessoal, quando faz na China, a Apple levou a fábrica para a China, a gente sabe. E outro dia eu vi um levantamento lá, era isso aí mesmo, sente alguma coisa, custaria produzir um celular desse aqui que depois chega lá. pra nós aqui no Brasil a 12, 13, 15, 16 mil reais e você olha pra isso aqui tudo e fala cara, mas se eu já sabia
Por que eu continuo comprando? Porque tem uma máquina me empurrando pra isso, cara. Eu ligo o jornal, eu ligo a televisão, eu vejo os influencers, o cara tá com o relógio que eu quero. Eu quero aquele Patek Philippe lá. Mas pra quê? Pra ver as horas? Não, cara. É pra mostrar pra você que eu tenho um Patek Philippe. Isso não tem a ver, de novo, com economia. tem a ver com ego, tem a ver com a psicologia das massas, tem a ver com aquela coisa de eu poder me mostrar.
E o chinesinho vem e mostra que essa bolsa, Chanel, que você pagou 39 mil dólares, custou 1.400 dólares para ser feito, eu aqui olhando tenho a tendência de achar que você é um trouxa. porque eu só estou conseguindo ver você a troca pelo valor do produto que foi fabricado, pelo quanto você pagou por ele. No meio do caminho tem uma história. Tem gente que paga sim, cara. E paga com o maior tesão. Eu me lembrei de uma história.
com o Beto Hora, meu amigo Beto Hora. O Beto Hora é um dos maiores humoristas, um dos maiores imitadores do Brasil. E eu estava na minha casa uma vez, eu morava em Alphaville, ele também. De repente toca lá o interfone, ah o Beto, a hora tá aí, manda entrar, ele entrou, chegou na minha garagem lá com uma Ferrari.
Uma Ferrari vermelha. Parou a Ferrari dele. Que isso, Beto? Pô, comprei a Ferrari. Vamos dar uma volta. Quer dirigir? Não, não vou dirigir. Vamos lá, passemos com a Ferrari dele. Pô, que legal. Parabéns, Beto. Que maravilha, né? Passaram-se os três meses, encontrei com o Beto. E aí, Beto, e a Ferrari? Ele vendi. Como vendeu? Vendi, mas vendeu por quê? Não. Já tive. Então o lance dele, cara, não era a máquina, era a satisfação de poder experimentar. Cara, eu tive. Eu tive sucesso suficiente.
pra comprar uma Ferrari. Tá vendo que eu comprei? Agora eu vendo porque não me interessa a Ferrari. Até porque é um carro bem desconfortável pra você dirigir, né? Mas essa história marca o que tá acontecendo nesse momento aqui, cara. Então... Essa guerra de narrativas é muito interessante de ser assistida, e eu quero ver como é que as grandes marcas vão se contrapor, porque o que elas têm na mão hoje? Além da marca...
além da narrativa, além talvez do design que ela consiga produzir, mas que o chinês vai copiar isso em dois minutos. O que ela tem além dessa coisa etérea, que não se pega, que não cria raízes? O que ela tem? numa sociedade que está mudando numa velocidade brutal, onde tem aquela questão toda da garotada, cara, vem cá, vale a pena, vale a pena eu pagar 15 mil reais o metro quadrado por um apartamento de 25 metros quadrados? O que é que ele tem? Ah, tem isso, mas aquilo... Quanto disso eu uso?
Quanto disso reflete em conforto para mim? Vem cá, um apartamento antigo tinha um pé direito alto, tinha um banheiro alto, agora não caio no banheiro, o teto é baixinho e custa três, quatro, cinco vezes mais. Quanto tempo vai durar isso? Quanto tempo vai durar essa conversa toda em torno do produto em si para tentar te vender uma percepção?
Eu não sei, cara. Eu estou vendo que isso aí está tudo prestes a cair, graças a uma guerra de narrativas travada agora entre China e Estados Unidos, que começa a botar na tua cara aquilo que você já sabia. E a questão toda é eu olhar para aquilo e falar, bom, muito bem, eu vou continuar engolindo essa história e pagando 10 vezes mais só por causa de uma etiqueta? Ou vou estar preocupado com aquilo que o produto pode me dar?
Excelente assunto para se falar e se conversar. Entra aqui, bota um comentário aqui embaixo, eu queria saber o que você pensa a respeito. Vamos lá?
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